sexta-feira, julho 25, 2008

Um momento especial

Inesperadamente recebi uma visita muito especial, a L veio de Lisboa até cá visitar a família, deixando assim o marido e os filhos, veio sozinha, reconheço que não a acharia capaz de tal faceta. As pessoas estão sempre a surpreender-nos, muitas vezes pela positiva, como é o caso.
É a primeira vez que a L sai assim de casa sem a família, e para quem já tem quase 50 primaveras é um passo arrojado. Tal como a L disse, acredito que o Z (marido) só acreditou mesmo quando a viu apanhar o comboio.
A L é minha tia, irmã da minha mãe, sempre tivemos uma relação especial apesar da distância física. Os momentos que passamos todos juntos sempre foram alegres, especialmente enquanto o meu Pai ainda estava presente. Com a sua partida a nossa vida complicou-se e a distância passou a ser um pouco maior, que fui tentando recuperar entretanto.
A L sempre foi muito especial para mim, também porque com a partida da minha madrinha para o Brasil quando ainda era novinha, a L adoptou-me como afilhada o que sempre achei um gesto muito bonito, porque foi numa altura em que ainda se dá bastante importância a esse tipo de coisas.
Ontem foi delicioso recebê-la, o meu T foi buscá-la à estação e trouxe-a para nossa casa onde jantamos também com a M e com o D (não estava previsto mas acabou por acontecer, a vontade de estarmos todos juntos era muito mais forte que qualquer etiqueta). A L ficou lá em casa a dormir, ainda demos uma volta à noite para lhe dar a conhecer as maravilhas da terrinha à beira mar plantada, até uma caIpiporto a L bebeu connosco de forma entusiasmada.
Hoje veio comigo quando vim trabalhar porque vai ficar com a nossa tia-avó (que está na terrinha onde trabalho) que é freira para lhe fazer um pouco de companhia já que está velhinha e estava cheia de saudades.
Trecho de e-mail que enviei hoje de manhã ao T quando me perguntou se estava tudo bem e se tinha chegado bem:
“Entusiasmei-me bastante com o facto de me lembrar de certos momentos da minha infância quando levei a L ao lar da minha tia.
Também recordei onde costumava visitar o meu bisavô, curiosamente costumava passar naquele lindo jardim com uma sensação de familiaridade e quando a L disse q era ali q estava o bisavô as memórias afloraram e tudo fez sentido.
E eu sempre tão perto.
Estou cheia de vontade de ir lá almoçar para poder partilhar ao máximo esta experiência, não vejo a minha tia-avó há muitos anos, será certamente emocionante. Mas sinto falta destas vivências porque em parte sinto por vezes que perdi ou esqueci parte de mim que faz muito sentido. Mas estou sempre a tempo de recuperar estes laços e fazer com que tudo faça sentido novamente. Só depende de mim.
A L é mesmo uma pessoa especial. Vou fazer para que sinta isso mesmo enquanto estiver por cá. No fundo na tentativa de algum modo retribuir todos os afectos de tantos anos e de tantas alegrias partilhadas.
Hoje tenho o coração um pouco mais preenchido do que ontem, gostaria que todos os dias fossem este crescendo.
Hum, mas também de quem dependerá se não de mim mesma. :)
É bom estar a teu lado!”
É assim que me sinto.
Assim sendo, já estou a pensar passar lá no final do trabalho para estar com a minha tia-avó que não vejo há anos, e amanhã vou passar o dia com elas. Acho que vai ser um gesto bonito, ainda mais que também estarão amanhã a minha mãe e avó.
Parece que estou com uma certa sede de recuperar tempo e momentos perdidos ou esquecidos mas é bom sentir que de facto apenas depende de mim essa conquista.
Vou fazer tudo para que a L se sinta bem e até mesmo para que repita a experiência que acho muito saudável, até mesmo para respirar um pouco fora de casa que só lhes faz bem. Ganham autonomia e espaço, e quiçá saudades também, algo que é sempre salutar.
O ambiente lá em casa pelo que sei mesmo da filha da L, a A, não anda lá muito agradável já que a A começou a namorar (namoro um pouco mais sério e duradouro) e o Z encarou mal essa nova realidade. De recordar que a A tem 22 anos … portanto sem comentários sobre a atitude do Z com ela. A acrescer o facto de a A sempre ter tido um comportamento irrepreensível e extremamente responsável.
É pena, espero que consigam ultrapassar este momento difícil já que a relação de pai e filha está a esfriar de forma que se for muito duradoura se poderá tornar irreversível.
Da minha parte ajudarei a A com todo o meu apoio naquilo que precisar.
Gostaria de escrever muito mais mas o tempo urge.
Portanto, por hoje fico-me por aqui.
Até breve,
S.R

terça-feira, julho 22, 2008

Um dia feliz

Ontem passei um dia delicioso e perfeito na companhia das minhas princesas, a minha mana M e a minha sobrinha R.
Juntei-me ao feriado da terra onde trabalha a M e tirei um dia de férias para privarmos as três como tão bem sabemos fazer.
Entre sol e mar, sorrisos, brincadeiras com a R, ou apenas com o barulhinho de praia e ondas a desmaiarem bem perto de nós, não poderia ter sido melhor.
Adoro estas meninas, tenho por elas tanto amor, que preenche o meu coração.
Se um dia descobrirem este meu cantinho, fiquem a saber o quanto são lindas e vos amo.
Obrigada por existirem, e hoje, obrigada pelo dia lindo que passamos juntas.
Da vossa… sempre,
S.R

terça-feira, julho 15, 2008

A melhor forma de relaxar

Há cerca de 2 anos estou a morar perto do mar (a minha casa fica a cerca de 1 km do mar).
E foi com esta recente experiência que descobri qual a melhor forma de relaxar do stress do dia-a-dia. O segredo é uma caminhada ou uma corridinha à beira-mar. Garanto que não há nada (ou quase) melhor.
E constato que não estouo sozinha nesta perspectiva já que cada vez mais pessoas têm esse hábito ainda que cada um à sua maneira, seja a caminhar, correr, andar de patins ou de bicicleta. É uma maravilha. Sinto-me uma privilegiada por estar num ambiente tao delicioso.
Cada vez mais acho que esta cidade que me acolheu em março de 2006 é fantástica pois para além do mar tem população com hábitos de vida saudável, tem bom ambiente nocturno, enfim, tem uma qualidade de vida fantástica.
Tanto assim é que acarinhei a ideia de adquirimos habitação própria neste mesmo lugar, o único problema é mesmo o preço das moradias. É que não devo ter sido a única a descobrir o paraíso e como tal há uma grande especulação imbiliária que faz com que nos falem de casas de mais de 500.000€ como se isso fosse normalíssimo.
Enfim, esta pesquisa de casa, está a colocar-me mais a para da crise social que se vive no país e que me deixa um pouco inquieta, principalemnte por não se ver fim à vista. Mas não vou querer alongar-me muito sobre isto, não quero que o meu blog tenha nada intrínseco a debates político ou sociais. Pelos vistos para tal agora existe algo on-line que se chama OPS (pelo menos foi o que ouvi ontem no noticiário).
De qualquer forma não vou deixar de salientar que fico intrigada quando me dizem claramente que é mais fácil vender uma casa de 500.000€ que um apartamento de 100.000€ ou quando referem que entre 300.000€ e 500.000€ se vão deixar de construir moradias pois não existe classe média alta. E na verdade é assim que está o país o que não deixa de ser aflitivo, ainda mais quando recebo a newsletter do portal do cidadão a dizer que dois terços da população portuguesa tem dificuldade em pagar as contas todas até ao final do mês. Bem, por aqui me fico ...

Para quem queria falar sobre a melhor forma de relaxar, palavra puxa palavra e acabei por me alongar sobre temas bastantes stressantes.
Realmente gostaria mesmo de realçar a quem tiver oportunidade de scolher onde morar não há nada melhor do que morar à beira mar e poder desfrutar na paisagem intrinseca a esse ambiente depois de um dia de trabalho complicado. É totalmente revigorante e acabamos por encontrar forças para chegar a casa sempre com um sorriso nos lábios.

Na realidade, neste momento, estamos a morar num apartamento da familia, portanto bem sei que somos uns sortudos. O apartamento não é novo, não sei bem mas já deve ter quase 15 anos, mas fizemos uma reforma quando decidimos ir para lá morar. O que quero dizer é que não tem qualquer luxo, até tem muitos defeitos, mas sabem o que posso afirmar veementemente, é que sou feliz lá, porque existe amor e o transformamos no nosso lar. E isto é o mais importante.
E também posso assegurar quem por aqui passa que provavelmente daqui a uns tempos terei uma moradia, mas não será certamente por esse motivo que serei mais feliz.
Porque a felicidade se encontra em qualquer lugar.
Poderei é ter um pouco mais de conforto principalmente para dar outras condições aos meus rebentos que virão iluminar a nossa vida a dois, mas feliz já sou.

Um grande abraço.
S.R

sexta-feira, julho 04, 2008

O princípe encantado

Em tempos li num blog … não resisto a partilhar...

Não vêm montados em cavalos brancos, a empunhar espadas e a prometer a morte dos dragões. Vêm por nós. Vêm para nós. Só precisamos de prestar atenção.

O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem.

Se ficou sem consorte no dia de S. Valentim, não desespere. Faça como uma amiga minha, que, quando sai do carro, retoca o bâton e diz com uma convicção demolidora: «o Príncipe pode estar em qualquer lado». E pode mesmo.

É uma questão de fé, arbitrária e aleatória, mas pode acontecer. Até porque nós, os extraordinários, somos poucos, mas andamos por aí. Isto é o que diz outro amigo meu, que é mesmo extraordinário e já encontrou a pessoa certa, pelo menos por agora. Foi ele que, um dia, me explicou o que era esse maravilhoso conceito da pessoa certa.

A pessoa certa não é a mais inteligente, a que nos escreve as mais belas cartas de amor, a que nos jura paixão ou nos diz que nunca se sentiu assim. Nem a que se muda para nossa casa ao fim de três semanas e planeia viagens idílicas ao outro lado do mundo. A pessoa certa é aquela que quer mesmo ficar connosco. Tão simples quanto isto. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem. O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem.

Os Príncipes Encantados não têm pressa na conquista porque, como já escolheram com quem querem passar o resto da vida, têm todo o tempo do mundo; levam-nos a comer um prego porque sabem que no futuro levar-nos-ão à Tour d' Argent; ouvem-nos com atenção e carinho porque se querem habituar à música da nossa voz e entram-nos no coração devagar, respeitando o silêncio das cicatrizes que só o tempo apaga. Podem parecer menos empenhados ou sinceros que os antecessores, mas o que chamamos hesitação ou timidez talvez seja uma forma de precaução, para terem a certeza que não se vão enganar.

O Príncipe Encantado não é o namorado mais romântico, que nos cobre de beijos; é o homem que nos puxa o lençol durante a noite para não nos constiparmos e se levanta às três da manhã para nos fazer um chá quando nos dói a garganta. Não é o que nos compra discos românticos e nos trauteia canções de amor. É o que nos ouve falar de tudo, mesmo das coisas menos agradáveis. Não é o que diz Amo-te, mas o que sente que talvez nos possa amar para sempre.

Não é o que olha para nós todos os dias, mas o que olha por nós todos os dias. Que tem paciência para os meus, os teus, os nossos filhos e que ainda arranja lugar para os filhos dos outros. Que partilha a vida e vê em cada dia uma forma de se dar aos que lhe são próximos. Que ajuda os mais velhos a fazer os trabalhos de casa e põe os mais novos a dormir. Que quando está cansado fica em silêncio, mas nunca deixa de nos envolver com um sorriso. Não precisa de um carro bestial, basta-lhe uma música bestial para ouvir no carro. Tem quase sempre um cão. Gosta de ler e sai pouco à noite, porque prefere ficar em casa a namorar e a fazer zapping. Cozinha o básico, mas faz os melhores ovos mexidos e vai à padaria num feriado.

O Príncipe é Príncipe porque governa um reino, porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e faz-nos sentir importantes.

Claro que, com tantos sapos, bem vestidos e cheios de conversa, como é que não nos enganamos? É fácil. Primeiro, é preciso aceitar que às vezes nos enganamos mesmo. E depois é preciso acreditar que, um dia, podemos ter sorte.

E como o melhor de viver é saber que um dia tudo muda, um dia muda tudo e ele aparece. Depois é deixá-lo ficar... e se for mesmo ele, fica.

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Esta semana o tema só poderia ser príncipes ou princesas depois da overdose vivida até à festa da nossa R, no passado domingo, onde o tema só poderia ter sido esse.
E não há nada melhor do que ser criança e viver num mundo imaginário em que todos somos príncipes e princesas e em que existe sempre o “felizes para sempre”…
E porque não? Afinal se calhar já têm o vosso príncipe / princesa encantado / a. É preciso acreditar!
Eu acredito que já o encontrei ;), e nesse dia tudo mudou. E se for mesmo ele, fica!

Um forte abraço,
S.R