Dia 6 Set: contamos à avó M (do T) que deu logo algumas recomendações “não cheirar flores” é uma delas.
O T contou ao primo M que diz ter ficado chocado com a notícia e durante a tarde foi-se ambientando que o primaço vai ser papá. Entretanto lembrei-lhe que no próximo ano já fazemos 30 anos, apesar de não parecer. Acho que andou todo o dia a interiorizar a notícia. Tem 20 anos e é natural que não pense no primo como ele disse “com quem vai jogar futebol e vai á praia” vá ter um filhote.
Também contamos ao nosso grande amigo Ru, ficou tão contente que abriu os braços no café para nos abraçar aos dois em simultâneo e deitou os copos abaixo, foi muito engraçado porque ficou mesmo eufórico. Tem piada que às vezes estes nossos amigos, como são solteiríssimos e querem é viver a vida, parece que não ligam nada a estas coisas. Foi espectacular ver como ele ficou contente. É o nosso Ru, é um querido.
Dia 7 Set: finalmente vou estar com a minha mami e vou contar-lhe, estava ansiosa por esse momento. Lá fui eu à terra para dar a grande novidade. Lá cheguei eu, falamos um bocadito, a minha mana M estava ansiosa que eu contasse por isso não me demorei. Disse à mãe que tinha uma foto para lhe mostrar e mostrei a ecografia. ”Isto quer dizer que estás grávida?” e eu disse que sim “e como é que foi isso?”. Esta foi a expressão que utilizou que todos achamos mais engraçada, deveu-se a estar perfeitamente convicta que eu só poderia engravidar depois do exame dos dois anos (ía fazer em Outubro). Deu-me mil abraços, com muitos beijos, choro e risos. Ficou em êxtase, foi como eu imaginava, ESPECTACULAR!
Depois lá expliquei que já estávamos a preparar terreno desde a última consulta em Fevereiro mas não tinha dito nada para não lha criar ansiedade. E foi bem melhor assim.
O factor “surpresa” foi fantástico.
Também contei às minhas avós, a da minha avó paterna foi muito ternurenta, ficou tão contente, a da minha avó materna foi mais de preocupação que corresse tudo bem.
Também contei às minhas tias mais novitas que foram as minhas duas madrinhas de casamento e por quem tenho especial carinho.
A R como estávamos juntas abraçou-me com as lágrimas nos olhos e vi que ficou mesmo radiante.
À L, disse pelo telefone, porque é mesmo de longe, quase a 300 kms (Lisboa). Ficou muito feliz, foi muito bom. Depois das dicas que me deu quando esteve cá, foi “tiro e queda” como se costuma dizer.
Adoro as minhas tias. São tão queridas.
Também comentei com a L o facto de quando ter estado cá a nossa tia que é freira escolheu-me a mim para me presentear com o terço benzido pelo Papa que recebeu pelas bodas de ouro. Não ligo muito à religião, mas confesso que foi um gesto que me tocou profundamente, foi totalmente inesperado para mim, e disse várias vezes “com uma coisa tão importante em casa, agora ainda vamos ser mais felizes” e a verdade é que se confirmou.
Recordo a nobreza do gesto da minha tia que quando a M lhe perguntou “mas vai dar uma coisa tão importante para si?”, a resposta foi “quando gostamos muito de uma coisa devemos dá-la a quem gostamos”.
Espero conseguir rodear o meu bebé destas pessoas e destes ensinamentos.
Até breve, com um grande sorriso nos lábios.
S.R
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